Por Eraldo Leite
Muitos amigos têm me perguntado sobre a situação de José Jorge e vou contar a vocês. O jornalista José Jorge de Souza, criador da Bola de Ouro nos anos 1970 (era considerado “o Oscar da comunicação esportiva”) vive uma situação muito difícil. Morando em Teresópolis há muitos anos, foi encontrado por bombeiros vagando pelas ruas do Rio, totalmente desmemoriado. No último dia 19 de fevereiro foi encaminhado a uma UPA, no Centro do Rio, atendido por uma equipe supercompetente e orientado por uma assistente social que foi um verdadeiro anjo. Nome dela: Valéria.
Valéria viu entre os documentos dele uma carteira da ACERJ de 2007 e ligou pra lá chegando a mim (já que sou o presidente da ACERJ). Fui até lá e fiquei chocado com a cena: Zé Jorge, que já foi um dos mais importantes cronistas do Brasil, tinha aspecto de um mendigo. Ele não podia permanecer na UPA e seria encaminhado a um abrigo da Prefeitura. Por estar sem memória, certamente voltaria para as ruas.
Depois de muitos contatos em busca de familiares eu e Sueli (minha mulher) o abrigamos por uma noite até que eu conseguisse falar com Stepan Necerssian. Ao conhecer a triste história, Stepan, compadecido, me pediu que o levasse para o Retiro dos Artistas. Desde sábado à tarde, José Jorge está lá, abrigado, bem tratado e assistido por enfermeiras, médicos e cuidadoras, por tanto tempo quanto for necessário.
Agora o Retiro vai cuidar da parte legal. Zé Jorge é aposentado, tem um benefício, mas não parece em condições de usufruir dele. Ele tem um filho, com quem não se relaciona há mais de 20 anos e vivia solitariamente em Teresópolis.
Por mais que ele não esteja reconhecendo as pessoas, seus amigos antigos podem e devem visitá-lo no Retiro dos Artistas, que fica na rua do mesmo nome, nº 571, no Pechincha, em Jacarepaguá. Será bom fazê-lo lembrar de velhas histórias vividas no jornalismo.
Enfim, é isso. Valéria e Stepan foram Anjos que Deus colocou no caminho do José Jorge.
postado 24/02/2014Valéria viu entre os documentos dele uma carteira da ACERJ de 2007 e ligou pra lá chegando a mim (já que sou o presidente da ACERJ). Fui até lá e fiquei chocado com a cena: Zé Jorge, que já foi um dos mais importantes cronistas do Brasil, tinha aspecto de um mendigo. Ele não podia permanecer na UPA e seria encaminhado a um abrigo da Prefeitura. Por estar sem memória, certamente voltaria para as ruas.
Depois de muitos contatos em busca de familiares eu e Sueli (minha mulher) o abrigamos por uma noite até que eu conseguisse falar com Stepan Necerssian. Ao conhecer a triste história, Stepan, compadecido, me pediu que o levasse para o Retiro dos Artistas. Desde sábado à tarde, José Jorge está lá, abrigado, bem tratado e assistido por enfermeiras, médicos e cuidadoras, por tanto tempo quanto for necessário.
Agora o Retiro vai cuidar da parte legal. Zé Jorge é aposentado, tem um benefício, mas não parece em condições de usufruir dele. Ele tem um filho, com quem não se relaciona há mais de 20 anos e vivia solitariamente em Teresópolis.
Por mais que ele não esteja reconhecendo as pessoas, seus amigos antigos podem e devem visitá-lo no Retiro dos Artistas, que fica na rua do mesmo nome, nº 571, no Pechincha, em Jacarepaguá. Será bom fazê-lo lembrar de velhas histórias vividas no jornalismo.
Enfim, é isso. Valéria e Stepan foram Anjos que Deus colocou no caminho do José Jorge.
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