sábado, 9 de julho de 2011

Como funciona a maquiagem dos índices da criminalidade

   Garotinho comenta no seu blog sobre o aumento da criminalidade no estado do Rio de Janeiro.leiam.

 Ontem foi divulgada mais uma estatística da criminalidade do Rio, que embora fale de crescimento do número de homicídios, não tem a menor credibilidade e apresenta números irreais. Inclusive, é bom registrar que agora mudaram a nomenclatura e divulgam tudo misturado homicídios, latrocínios e autos de resistência, usando a expressão mais branda “crimes de letalidade violenta”. E no Globo online viram acima. A obrigação de cumprir o acordo com Cabral de dizer que o Rio está pacificado e a política de segurança é maravilhosa já está dando um nó na cabeça dos jornalistas. São tão pressionados a usarem expressões mais light para falar da violência, já começam “a meter os pés pelas mãos”. Primeiro foi a história dos “crimes sequenciais”, como a Globo começou a chamar os arrastões. Mas essa é demais “homicídios com intenção de matar”.

Mas vejam este gráfico que saiu, há pouco mais de um mês no jornal Destak, esse que é distribuído no Metrô e na imprensa paulista, porque os grandes jornais do Rio não deram uma linha. Vocês vão entender a maquiagem. No Rio o número de mortes violentas de origem desconhecida cresce assustadoramente. De 2008 para 2009 houve um crescimento de 73%. Mas reparem que no último ano de Rosinha houve 1.673 casos de morte violenta sem identificação da origem. No primeiro ano de Cabral esse número dobrou, e em 2009, no ano anterior à eleição, deu um pulo estratosférico para 5.647 casos, mais do que triplicou comparando com o útimo ano de Rosinha. 


 Reprodução do jornal Destak
Entenderam onde estão colocando os homicídios do Rio, para dizerem que a violência está diminuindo. Quem mora em outro estado e não acompanha o nosso dia-a-dia e só se informa pelos jornais e televisão vai ficar surpreso. Então a violência no Rio não está acabando? Essa pergunta muitos têm me feito no aeroporto ou no avião, nos meus deslocamentos para Brasília. Como se tudo isso fosse pouco, ainda tem mais. O número de pessoas consideradas desaparecidas no governo Cabral quase triplicou em comparação com o governo de Rosinha.

A verdade é uma só: no Rio os homicídios, como num passe de mágica, estão sumindo. Num número de ilusionismo, viram “mortes violentas de causas desconhecidas” ou “pessoas desaparecidas”. É por isso que o secretário Beltrame, que gosta de ser tratado de Mariano, é chamado nos corredores em tom de gozação, de Mister M. O mágico dos índices de criminalidade. É vergonha o que acontece no Rio. Vocês de outros estados estão começando a ver que a verdade está muito distante do que mostra o Jornal Nacional


Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESTE BLOG TEM O DIREITO DE RECUSAR COMENTÁRIOS OFENSIVOS.