segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dilma joga duro e abre guerra com sindicatos


Dilma joga duro e abre guerra com sindicatos
Antônio Carlos Spis, ex-presidente da Federação Única dos Petroleiros, é um herói do PT. Em 1995, ele liderou a greve de 32 dias dos petroleiros, no governo FHC, e resistiu a pressões, como o corte de ponto e a ameaça de prisão. Quando Lula se elegeu presidente, em 2002, Spis poderia ter escolhido o cargo que quisesse na administração federal e demonstrou desprendimento. Disse apenas que pretendia cuidar dos filhos, que havia adotado. Em oito anos de governo Lula, houve poucas greves, especialmente porque houve uma política de valorização do funcionalismo público. Agora, na era Dilma, a situação é bem distinta e a relação entre governo e sindicatos tende a ser bem mais delicada. Nas duas primeiras grandes paralisações, dos Correios e dos bancários, o governo determinou o corte de ponto dos grevistas e irritou sensivelmente os sindicalistas.
Com essa política linha-dura, o objetivo da administração Dilma é desencorajar outras paralisações, em categorias importantes, como os petroleiros, que, nesta semana, negociam diretamente com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O fato é que, Dilma, enfrenta uma conjuntura menos favorável. O Brasil vive uma situação de quase pleno-emprego e a inflação acumulada em doze meses já supera 7,5%. Portanto, há sim uma corrosão do poder de compra dos trabalhadores e, na relação de força entre patrões e empregados, a vantagem dos primeiros já não é tão grande.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESTE BLOG TEM O DIREITO DE RECUSAR COMENTÁRIOS OFENSIVOS.