Não é um circo moderno, na verdade é mais um circo no modelo antigo e, portanto deve estar fora da lei que proíbe o uso de animais em espetáculos. Mas se instalou e está apresentando seus espetáculos regularmente. O público está gostando, pois suas atrações são clássicas.
Para começar tem um palhaço que também é equilibrista, ele se joga no ar e agarra no trapézio como se fosse um o motivo de sua vida. Finge que vai cair! Se segura de novo! O povo chora e ri diante de suas rápidas manobras. Hora está em perigo mortal e no outro momento leva todos às gargalhadas.
O mágico não apresenta grandes novidades, ele faz as coisas desaparecerem diante dos olhos da interessada platéia. Ora, todos sabem que é um truque! E mais, sabemos que aquelas coisas que ele faz sumir serão usadas depois em outro espetáculo (onde nós não estaremos presentes). É incrível como, mesmo assim, todos olham com credulidade os seus atos.
Têm vários elefantes! Sim! Esse circo possui um domador de elefantes. Não é um homem muito forte nem muito grande, mas ele coloca, sob sua ordem, um grupo imenso de elefantes enormes e com músculos imensos. Como isso é possível? Dizem que, sob os pés dos elefantes, é colocada uma chapa de metal que dá choques. Quem controla a eletricidade é o pequeno domador: com um botão escondido ele faz os mamíferos gigantes dançarem ao seu desejo. Os elefantes nem sabem a força que tem; se soubesse esmagariam o domador.
Olha, uma surpresa! O circo tem algo que não é muito comum: um faquir! Um cidadão de origem asiática que diz ficar sem comer e nem beber água por muito tempo. Ele se apresenta sentado, não faz nada no show, não diz nada de novo e todos ficam olhando. Ele afirma que não come nada que lhe dão, mas também não faz, absolutamente, nada! Sem graça essa parte do show, afinal quando ele sai de cena pode até ir a um restaurante que nós não saberíamos.
O domador de leões! Esse sim é um show! O pequeno homem (o mesmo dos elefantes) entra na jaula onde os leões rugem com ira na sua direção! O medo contamina toda platéia! As patas com garras afiadas poderiam arrancar o coração de qualquer um em segundos. No entanto, o chicote estala no ar e os animais selvagens o obedecem cegamente. Como isso é possível! Bom, o segredo é que a audiência não vê como ele controla os bichos: carne. Isso mesmo, não é o chicote que eles temem, é ficar sem carne. O domador os alimenta muito bem e por isso todos os leões, até os mais selvagens, respeitam seus desejos. Incrível não é?
Para terminar tem o Globo da Morte: nele, motoqueiros que ninguém quase conhece se digladiam em voltas mortais, em oposição, num perímetro escasso. De quando em vez, eles batem e um morre. Não há truque, é perigoso mesmo. O que eles almejam é serem reconhecidos como o palhaço ou o domador é, mas isso não ocorre pois, dentro daquele globo, mal são vistos pelo público que lota a arquibancada do circo.
Tantas outras atrações... é um bom circo. Diverte a população da cidade, ilude muitos que voltam para casa animados com o espetáculo. Agora que terminei de escrever, estou com uma dúvida: o circo está, ou é a cidade?
João Oliveira
Barbosa Lemos falou hoje 05/10/2011 pela manhã no "HORA H" da Difusora que o "crime" da entrevista de Rosinha prescreve 00:00 H de hoje porque a entrevista foi realizada a 15 dias da convenção.
ResponderExcluirComo sabemos que não foi só esta entrevista que está no processo, tem ainda outras questões no mesmo sentido após a vitória no 1º turno na Diário FM como a que foi ao ar durante o programa chamado "Jogo de Cintura" de 2ª a 6ª feira com Linda Mara, Patrícia e Felício de Souza feitas após a vitória em 1º turno como
a que Linda Mara chegou a dizer:
" Que bom que Rosinha ganhou.. vc sabe eu preciso.. tenho filhos" e por aí foi..
tendo ao final Felício de Souza ao vivo anunciando comícios.
Disse que se não houver uma sessão extradordinária do TRE a questão estaria
prescrita.
E aí pergunto para quem puder responder, prescreve ou não?
Com relação ao "grande circo humano" (música de Milton Nascimento) só faltou a "bailarina louca". E este circo, é claro, é a Cidade, metaforicamente falando é claro. Parabéns pelo texto.
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