segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Igreja ganha força, liberta presos e faz Cuba se abrir

É pela via da Igreja Católica, mais expressamente do arcebispo Jaime Ortega, principal organizador da visita do Papa Bento 16 ao país, em março, que o regime de Cuba está se abrindo. Ontem, o governo de Cuba anunciou que vai libertar nos próximos dias 2.900 prisioneiros, entre os quais 86 estrangeiros de 25 países, num “gesto de boa vontade”, motivado, entre outras razões, segundo presidente Raúl Castro, pela visita iminente do papa Bento XVI. Entre os que serão libertados há doentes, idosos e mulheres, incluindo alguns condenados por crimes políticos, de acordo com as autoridades cubanas.
Os Fiéis cubanos que celebram o Natal dizem que têm muito a comemorar este ano, uma vez que se preparam para a chegada do papa Bento XVI, a primeira visita de um pontífice à ilha comunista desde a história visita de João Paulo II há quase 14 anos. A chegada de Bento XVI, esperada para março, coincide com o 400º aniversário do santo padroeiro de Cuba e após anos de lobby de oficiais católicos romanos na ilha.
O momento também parece recompensar um papel maior que a igreja assumiu em Cuba nos últimos anos. O arcebispo de Havana, Jaime Ortega, pessoalmente negociou a soltura de presos políticos em 2010 e 2011, e as revistas da igreja se tornaram um fórum para artigos oferecendo conselhos para os líderes cubanos no processo de reformas de livre mercado iniciado pelo presidente do país, Raúl Castro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESTE BLOG TEM O DIREITO DE RECUSAR COMENTÁRIOS OFENSIVOS.